“Doze Pedras que Tiraram do Jordão”

As doze pedras que tiraram do Jordão, levantou-as Josué em coluna em Gilgal. E disse aos filhos de Israel: Quando, no futuro, vossos filhos perguntarem a seus pais, dizendo:

Que significam estas pedras? Fareis saber a vossos filhos, dizendo: Israel passou em seco este Jordão”. Josué 4:20-22.

O monumento de pedra que as 12 tribos de Israel ergueram foi um poderoso estímulo visual para eles se lembrarem do Deus invisível. A nação de Israel, assim como nós hoje em dia, teve/temos sérios lapsos de memória com aquilo que Deus já fez em nossa história pessoal.

Aquele memorial, em Gilgal, serviria para lembrar sobre o feito de Deus. A travessia do rio Jordão, foi o primeiro milagre que marcou a entrada do povo de Israel na terra de Canaã.

O propósito de Deus era que isso fosse mantido em lembrança perpétua e não como objeto de idolatria.

Parece-nos, ser uma travessia fácil, essa do Jordão por ele não ser um rio muito largo, mas, quando o povo chegou para atravessá-lo era primavera e o Jordão sobejava de água.

O memorial erguido ali, fala da fidelidade de Israel a Deus, ele é um exercício de lembrança intencional que tem um benefício missionário global.

Os povos da terra conhecerão este Deus de milagres através da memória coletiva dEle em Israel. Recordar os feitos de Deus, e os Seus mandamentos, é proclamar e glorificar o seu nome a todas as nações.

Quando Jeremias nos disse: “Quero trazer à memória o que me pode dar esperança”. Lamentações 3.21. Ele estava se referindo às nossas memórias particulares sobre os feitos de Deus em nossa vida.

Quantos milagres que já vimos em nosso dia-a-dia na nossa vida, e mesmo assim, quando estamos diante de qualquer dificuldade, lá vem de novo uma enxurrada de lamúrias, reclamações, murmurações e questionamentos.

Qual é o memorial que nós temos passado aos jovens do presente século com relação a Deus?

📚A Travessia do Jordão: Um Milagre Memorável

Atravessar o rio Jordão, pode até parecer fácil em alguns lugares, e em algumas épocas, mas não foi fácil para os milhões de homens, mulheres, crianças e animais naquela época.

Eles chegaram ao rio, como já dissemos, no início da primavera, na estação chuvosa, quando o Jordão transbordava sobre todas as suas ribanceiras (Leia → Josué 3.15). Mas Josué, sabia que o Senhor estava com eles.

Que Deus não os abandonaria. Josué, ainda tinha bem fresco na memória o milagre do Mar Vermelho. E veja, que esse milagre, não era tão antigo assim, ele ocorreu apenas 4 anos antes do Jordão.

A nossa vida, de uma mesma forma, ela é cheia de travessias. São obstáculos, e obstáculos, que, por vezes são imensos, mas que temos de superar.

E na vida espiritual não é diferente. Quando nós nos decidimos por receber Jesus como o nosso Senhor e Salvação, é quando ocorre a nossa libertação, analogicamente falando, do Egito.

É nesse dia que nós atravessamos o Mar Vermelho, simbolizando, que estamos deixando o pecado para trás. Essa travessia, ela é feita, quase sempre e comumente, na companhia de várias pessoas. É com a multidão que atravessamos o Mar Vermelho.

📌O Vau de Jaboque: A Luta Solitária e Transformadora

Contudo, existem momentos em nossa caminhada em que teremos de atravessar o vau de Jaboque. Um ribeiro estreito e raso, e aparentemente fácil de se superar, mas não é assim.

No vau de Jaboque, normalmente, estamos sozinhos, cara-a-cara com Deus. São esses os momentos em que a nossa fé é testada ao extremo.

No vau de Jaboque, pode não parecer, mas é nessa passagem solitária, que Deus vem ao nosso encontro. Jacó teve essa experiência transformadora (Leia → Gênesis Capítulo 32).

Não se iluda, o vau de Jaboque é um lugar de luta pesada. É nele que se luta com Deus. Mas é no vau de Jaboque que as bênçãos são alcançadas e as nossas situações são mudadas.

Contudo, o vau de Jaboque, é um lugar em que há vitórias somente para os fortes, aqueles, que estão dispostos a lutarem até o fim em perseverança. O vau de Jaboque, é lugar de tratamento de caráter. É lugar de ficar a sós com Deus.

É lugar de confronto e de submissão. É o lugar de se render à vontade de Deus. Mas é também, o lugar de receber a promessa, pois é ali que Deus transforma a maldição em bênção.

Não se iluda, todos os dias temos vaus como esse para atravessarmos. As nossas lutas diárias e nos colocam, cotidianamente, neste local.

É nesses momentos, duros momentos, em que temos de fazer como Jeremias e Josué (que se lembrou do Mar Vermelho) e nos lembrarmos dos feitos de Deus, nos lembrarmos, daquilo, que já recebemos das mãos do Senhor e que é o que nos dá esperança de vitória novamente.

É nesses momentos, que construímos os nossos memoriais espirituais, que passaremos aos nossos filhos e aos homens do presente século. Atravessar o Mar Vermelho e o Rio Jordão, debaixo do milagre de Deus, é fácil. Difícil mesmo é atravessarmos o vau de Jaboque.

📌 Jaboque: Lugar de Luta, Rendição e Vitória

Pode ser que o Vau de Jaboque, até hoje, nada significou para você. Mas lembre-se, que ele deve ser tido por um memorial inigualável em sua vida, pois é nele que você luta até o fim e persevera. Jaboque é o lugar onde Jacó lutou com o Senhor.

E foi onde ele fez a sua rendição total a Deus. Foi no Jaboque, que Jacó, agora Israel, deitou abaixo o seu último ídolo e entregou-se incondicionalmente a Deus. E dessa forma, Jacó, teve a sua maior vitória.

Jaboque, quer dizer: ‘lugar da travessia’. Mas ele representa também, luta, esvaziar-se e transbordar. Que tremenda verdade nos é revelada nesse local chamado Jaboque.

Não pode haver vitória enquanto você não atravessar o Jaboque. Chega uma hora em nossas vidas que precisamos, realmente, resolvermos as coisas com Deus.

Ou seja, temos de enfrentar a nós mesmos, nos esvaziarmos de tudo, pararmos de confiar em homens e em ídolos vãos e nos enchermos de fé, confiança e de esperança certos da vitória.

No Jaboque, nós temos condições de levantar memoriais espirituais para que contemos aos homens hodiernos e aos nossos filhos sobre o Poder Salvador de Deus.

E quando os nossos filhos, nos pedirem razão da nossa fé, mostraremos a eles os nossos memoriais espirituais e lhes diremos para crerem no Santo de Israel, pois Ele não nos abandona jamais, ainda que no vau de Jaboque:

“Estabelecerei a minha aliança entre mim e ti e a tua descendência no decurso das suas gerações, aliança perpétua, para ser o teu Deus e da tua descendência”. Gênesis 17.7.

Quer ver os teus filhos e as pessoas queridas salvas? Construa memoriais de fé colocando sempre a tua confiança no Senhor. Shalom Adonai! Amém.

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